Este projeto fez parte da exposição “Arquitetura para Curitiba: uma mostra em mutirão”, uma realização em parceria com o Departamento de Arquitetura e Urbanismo DAU-UFPR e ficou exposto no Museu de Arte da UFPR (MusA) de 16 de março a 09 de maio de 2015.

SE ESSA RUA FOSSE MINHA…

Melhor sair para a rua… Ou entrar para a rua?

Mas se a rua não fosse uma espécie sui generis

de lar, por que se diz então “a porta da rua” e

não “a porta da casa”?

Mário Quintana

O projeto: um convite à reflexão através de aproximações a novos desenhos de rua na área central de Curitiba, revelando uma rede de 14 km de potenciais bulevares e ciclovias.

O critério: re-conectar as principais praças da região central da cidade assim como os edifícios públicos e culturais mais relevantes, priorizando os deslocamentos feitos a pé, de bicicleta ou por transporte público.

O objetivo: promover espaços públicos que priorizem o pedestre ao automóvel, ofereçam lugares de permanência, favorecendo o convívio, a diversidade e a interação social.

Diante da necessidade de promover maior urbanidade na área central de Curitiba, propomos a criação inicial de 14 km de bulevares – futuros passeios articuladores de praças e espaços públicos. O intuito destes bulevares seria intensificar a apropriação da cidade pelos pedestres, onde coexistiriam, através de eficiente desenho urbano, com a bicicleta o transporte público e privado.

Bulevares podem ser de diferentes tipos, prevalecendo em todos eles os passeios arborizados com amplas calçadas – lugares que favorecem o convívio e a interação social. Existem aqueles onde predominam as áreas de permanência e contemplação, outros os espaços para o lazer e ócio, ou ainda, aqueles cuja vocação determinante é para o comércio, serviços e/ou habitação. E até mesmo, aqueles que mesclam todas estas funções.*

O objetivo desta proposta não se restringe apenas à via pública, podendo atuar sobre recuos, alinhamentos, gabaritos, usos e a relação de “olhos da rua”.*

Iniciamos com uma proposta de 14 km na área central e adjacências, ou seja, um projeto urbano de escala intermediária e capacidade de induzir a aspirada “urbanidade” do centro para os bairros.