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SESC Ribeirão Preto

Ribeirão Preto, Brasil

O projeto proposto responde ao desafio de reformar e atualizar funcionalmente a Unidade Sesc Ribeirão Preto. O termo de referência dita a conservação através de reforma patrimonial do conjunto (prédio principal e conjunto aquático) projetado pelo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves em 1966, como uma demonstração de reconhecimento aos atributos da arquitetura moderna presentes na obra deste autor.

Reformar o existente: conservando estratégias de projeto

O edifício “principal” – o bloco longitudinal de dois pavimentos composto por uma série de pórticos – é a estrutura arquitetônica, de linguagem moderna, e de maior relevância a se conservar; e em torno da qual todo o novo conjunto projetado deve se integrar e buscar uma sintonia estética. Todo o partido, funcionamento e resultado formal do novo conjunto arquitetônico projetado derivaram de tal premissa. No entanto, o conjunto aquático descoberto é a estrutura moderna existente de menor relevância estrutural, e que necessita de maior revisão: por suas dimensões restritivas e ausência de túnel técnico. Neste caso, manter a atual configuração acabava sendo conflitante com os resultados esperados dos novos espaços compatíveis com um Sesc contemporâneo. Por isso, o projeto aqui proposto buscou, sobretudo, a conservação da relação volumétrica do conjunto aquático com o edifício “principal”, mas necessitou alterar a configuração final deste espaço externo: criando um novo embasamento para o conjunto aquático, feito com o cuidado de manter a essência da estratégia projetual de autoria do arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves.

O programa: estabelecendo hierarquias: existente x novo / principal x anexo

Para acomodar o novo programa de necessidades, que amplia em até seis vezes a área do Sesc existente, foi projetado um novo conjunto anexo composto de um edifício caixa vertical e um teatro. O edifício caixa tem sua forma quadrada em planta resultante do desenho da parcela, e da proporcionalidade obtida obedecendo a legislação municipal (R=H/6) e os gabaritos de altura do entorno. O novo conjunto assume seu caráter de edificação anexa, de forma a garantir o protagonismo, e em homenagem, à estrutura moderna existente. Para isso, seu impacto volumétrico é intencionalmente diluído/desmaterializado por sua fachada em brises, sua planta térrea é visualmente permeável e seus terraços jardins coroam e/ou separam os volumes. As estratégias adotadas surgiram de uma ambição formal de harmonia volumétrica, aliada às diretrizes de conforto térmico e sustentabilidade, numa releitura contemporânea da linguagem corbusiana adotada pelo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves.

Ano: 2013
Local: Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Área: 17.140 m2