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SESC Osasco

Osasco, Brasil

O estudo preliminar aqui apresentado para a futura Unidade SESC Osasco é decorrente da análise cuidadosa dos desafios e potencialidades do local destinado para a sua implantação. A morfologia do terreno, além de suas condicionantes geográficas, geológicas e urbanas representaram os desafios iniciais. Vislumbramos nos obstáculos algumas potencialidades de projeto: como exemplo a inclinação do terreno e seu formato em vale, que favorece a exploração de visuais – a vista da cidade e do morro Jaraguá – assim como o tratamento paisagístico dos taludes e da área a não ser edificada, espaços que oferecem ao projeto a possibilidade da criação de áreas de contemplação.

As premissas para o projeto arquitetônico foram de economia (minimizar o impacto da construção no terreno e dos custos para sua realização), espacialidade (legibilidade e visibilidade entre os setores), acessibilidade, conforto ambiental e sustentabilidade.

O Partido

A partir destas considerações, a futura Unidade SESC Osasco surgiu conceitualmente como um corpo unitário assentado no vale, emoldurado pelas encostas, e com fachada homogênea alinhada ao traçado da Avenida Sport Corinthians, através da qual e com seus terraços, o equipamento estabelece o seu diálogo com a cidade.

Para reforçar a conexão urbana, parte da área do terreno que ladeia a avenida foi convertida em uma grande praça/plataforma, configurando um generoso átrio externo de acesso ao Complexo. Esta praça, assentada num terrapleno de cota de 3 metros, invade e configura toda a planta baixa do edifício, definindo a área de convivência, os espaços de circulação e a conexão interna com o teatro. O possível uso desta praça pela comunidade (feiras públicas) reforçará ainda mais a desejada integração com o entorno urbano.

Devido ao posicionamento do teatro no lado sudoeste do alinhamento predial (de forma a garantir o seu acesso independente), o corpo unitário do conjunto SESC se dividiu em dois volumes com o vazio do pátio verde, (que deverá ter um tratamento paisagístico com um córrego como referência) configurado pelo vale non edificandi e a ampla área de convivência determinando a separação entre as funções, espaços que se conectam e que propiciam ricas visuais para todo o SESC, diluindo as fronteiras entre exterior e interior.

Com este partido tomado, a setorização dos espaços obedeceu ao gradiente de transparências estabelecido pelo corte longitudinal: desde espaços vestibulares de acesso (espaços mais transparentes) até os grandes espaços externos emoldurados e protegidos pelas encostas (as áreas esportivas) em uma cota mais elevada. Esta mesma seção ao longo do vale revelou a possibilidade de se minimizar escavações ao posicionar o estacionamento na mesma cota da planta baixa, na porção posterior do lote.

Ano: 2013
Local: Osasco, São Paulo, Brasil
Área: 35.370 m2